sábado, 12 de setembro de 2020

A MAIOR COINCIDÊNCIA DO MUNDO!(*)

O ano era 1972. Estava eu em São Paulo, capital, alojado no Estádio do Pacaembu. 
Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, mais conhecido por Estádio do Pacaembu. Imagem capturada em: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/como-o-projeto-do-estado-novo-se-traduziu-na-inauguracao-do-pacaembu/
Fazia parte de uma operação nacional do Projeto Rondon. Aguardava a partida para a cidade onde atuaria, Tarabai. Eu e um monte de universitários. Eram todos estudantes do Norte e Nordeste brasileiros. Eu cursava agronomia em Belém. Eram feitas reuniões diárias a fim de organizar os deslocamentos das equipes para os municípios paulistas que receberiam o Projeto Rondon. Em um dos intervalos das diversas reuniões do grupo todo, eu e mais dois colegas de equipe, decidimos passear pela cidade, enquanto a hora da partida para o interior não chegava. Resolvemos ir caminhando para conhecer o centro da capital paulista. Rodamos extasiados com a verdadeira cidade de concreto. Prédios e mais prédios. Por volta de meio dia resolvemos voltar para o almoço. Como disse, todos estudantes universitários e sem grana pra comer sequer um sanduíche. Foi na caminhada de volta para o alojamento do estádio que tudo aconteceu. Já eram quase meio dia e precisávamos almoçar. 


Calendário "Santinho" que todos os anos meu tio padrinho Joca mandava pra família; Endereço do escritório ROSGON de meu tio padrinho João Gondim Sobrinho, na rua Beneficência Portuguesa, n.º 44, 7.º andar, Conj. 706/707; Rota do trajeto percorrido do Estádio do Pacaembu até o centro de São Paulo, capital.
Retornávamos calmamente pela rua Beneficência Portuguesa, centro, quando de repente passa em nossa frente em direção ao meio-fio, um senhor de paletó. Cruzamos sem parar. Porém, milésimos de segundos adiante, minha memória aflorou de forma límpida e cristalina e disparou um sinal como se fosse uma sirene: – Eu conhecia aquela pessoa!-- pensei. Ao mesmo tempo voltei o rosto em direção a ela e instintivamente gritei! – Ei, Tio Joca! – Dei um grito sem pensar ou avaliar a situação de um possível constrangimento. 
Tio Joca.
Ele bruscamente parou, virou-se pra mim e sorrindo escancaradamente, me respondeu: – Você é o Carlos José, filho do mano Lindalvo, que mora em Belém do Pará?! – falou ele. 
Da esquerda para a direita: Tio José, palmeirense fanático; Tio Sinfrônio; Tio Joca, meu padrinho; Meu saudoso pai, Lindalvo; e, meu tio Antônio.
Não deu tempo nem pra responder. Nos abraçamos. – Vamos, venham comigo. Vamos almoçar em casa! – falou ele abrindo a porta do carro que estava estacionado bem em frente da gente. Seguimos todos. Apresentei meus colegas a ele, contei de nosso objetivo ali e começamos a conversar. Uma conversa amistosa, alegre e cheia de recordações. Relembramos a última vez que tínhamos nos encontrado presencialmente, como se diz hoje. Quase dez anos atrás. 1965! Eu tinha quatorze anos! E assim fomos. Meus colegas ficaram a maior parte do tempo calados, talvez, tentando entender toda a inusitada situação. Ao aproximar-se de sua casa, alguns minutos adiante, ele começou a manobrar para estacionar. Abruptamente reacelera o carro e não pára. Ficamos todos espantados sem entender o que estava acontecendo. – Tão vendo esses dois – falou ele apontando para dois sujeitos que vinham em passos acelerados em direção ao carro do meu tio. – São bandidos! Iriam nos assaltar! Engolimos em seco e seguimos com ele. – Vou dar a volta no quarteirão e esperar eles sumirem. E assim ele fez. Voltamos e estacionamos, agora em segurança na frente da casa do meu padrinho Tio Joca. Almoçamos todos, conversando e relembrando a família. O resto do dia foi só alegria e recordações. Ao final, ele foi nos deixar na frente do estádio do Pacaembu. Penso que esta tenha sido a maior, das maiores coincidências de minha vida!
(*) Esta crônica foi originalmente publicada em:
https://www.webartigos.com/artigos/a-maior-coincidencia-do-mundo/166691
Porém, sem imagens.
__________________________________________________________(*) Imagens capturadas na internet e do arquivo da família.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

AVANCEI NA MINHA PESQUISA DE PARENTES.

Imagem 01: Meus tios paternos com meu pai.  Da esquerda para a direita: Tio José, torcedor inveterado do Palmeiras; De camisa branca não lembro o nome (?); No meio do grupo o meu padrinho, Tio João (tem uma foto dele mais velho no peito), o Joca; ao lado dele, meu saudoso pai, Lindalvo. O que está todo de branco, na extremidade direita também não lembro o nome...

Com a ajuda do Prof. Google avancei na pesquisa em busca de reencontrar meus parentes, tios, tias, primos  e primas, paternos. Fui até além, atualizei o nome do meu padrinho que até hoje chamava de Tio José. Na verdade o nome dele é João. 
Imagem 02: Tio João, meu padrinho. Imagem capturada na internet: https://crcsp.org.br/portal/conheca/memorial-dos-presidentes/presidentes.asp

Imagem 03: Meu padrinho, Tio João, o Joca. Alguns anos mais tarde. Capturada em: https://www.sindcontsp.org.br/contabilistas-emeritos/


Imagem 04: Meu padrinho, Tio João, o Joca. Alguns anos mais tarde. Capturada em: http://institucional.sescon.org.br/template.php?pagina=includes/conselho_consultivo.php


Minha cabeça, confesso, ainda está embaralhada! Pra mim, o Tio João era o palmeirense fanático. O Tio José (agora Tio João), meu padrinho não demonstrava torcer por nenhum clube...Mas darei crédito ao prof. Google... Aqui estão algumas imagens que capturei na internet. Faço também questão de mostrar o currículo do Tio João que capturei na página do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo. Veja e Leia:( https://crcsp.org.br/portal/conheca/memorial-dos-presidentes/presidentes.asp)

terça-feira, 25 de agosto de 2020

MEUS TIOS E TIAS QUE MORAM  -- OU MORAVAM -- NO SUDESTE E SUL DO BRASIL.

Imagem 01: Escudo da Freguesia de Gondim, Portugal.Capturado em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gondim

Meu pai era paraibano de Areia. Família grande. Muitos irmãos e irmãs. Sem muitas posses.Eram lavradores.Como era de praxe, aquele que completasse a maior idade se mandava pro sul, especialmente São Paulo em busca de dias melhores. Foi mais ou menos assim que aconteceu com a parentada toda. Em São Paulo se concentraram o Tio Joca, João - Palmeirense fanático! -- o Tio João, meu padrinho - contador e advogado, a Tia Antônia -- Tonha -- e outros não lembro os nomes. Esses dias, em isolamento social total há mais de 5 meses, remexendo baús de meus saudosos pais Jaci e Lindalvo que já partiram,encontrei diversas fotografias. Decidi escaneá-las, editá-las e postá-las nesse blog que acabo de criar! Na esperança que outros como eu estejam também em isolamento possam acessar e de repente encontrar-nos. Certamente serão seus descendentes, primos/primas que devem estar beirando a minha idade, 69 anos!
Imagem 02: Sentadas no primeiro banco,à direita, Tia Tonha. As demais não lembro quem são. No segundo banco o Tio João e esposa. No terceiro banco, o mais sorridente - centro - é o meu pai, Lindalvo. Tio Joca, o palmeirense fanático é o da extremidade direita. Não lembro dos demais.





(*) Todas as imagens com exceção da primeira, foram escaneadas de fotos reveladas há mais de 4 décadas!